quarta-feira, 3 de junho de 2009

Fado

É por alguma razão
Que se canta o fado
Desditas do coração
Quando está apaixonado

Canta-se o fado em jejum
Até canta o embriagado
Pois canta-o qualquer um
Desde que goste de fado

A falar também se canta
Os recados do pensamento
São lamentos da garganta
Voando ao sabor do vento

Há gente a cantarolar
Outros cantam a preceito
Aqueles estão a imitar
O que estes fazem bem feito

Canta a cotovia na serra
O rouxinol no silvado
Canto eu na minha terra
A voz do lente fado

Não canto como a cotovia
Nem mesmo como o rouxinol
Meu cantar tem melodia
Neste pais cheio de sol

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