O Primeiro trouxe nevoeiro
Chegou muito envergonhado
Por não devolver o dinheiro
Roubado o ano passado
No primeiro dia de entrada
Perdi logo todos os gostos
Porque fiquei sem nada
O dinheiro foi para os Impostos
Há quem trabalhe no duro
Alguns neste país
Duvidamos no futuro
Do Ano Novo e feliz?
Enxada peça de ferro
Manobrada com os braços
A ela eu tanto quero
Que acompanhe meus passos!
terça-feira, 30 de junho de 2009
domingo, 28 de junho de 2009
Ironia
Mas que grande maçada
Isto continua tudo torto
Para que serve a estrada
Ao homem no fim de morto?
.
Dizem que morreu o fascismo
E nasceu a Liberdade?
Mas agora só vejo cinismo
Mais velhacos e maldade!
Isto continua tudo torto
Para que serve a estrada
Ao homem no fim de morto?
.
Dizem que morreu o fascismo
E nasceu a Liberdade?
Mas agora só vejo cinismo
Mais velhacos e maldade!
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Liverpool
S.Bento da Porta Aberta
Cuidado com a capoeira
Que os Ingleses pela certa
Te passam uma rasteira
O Benfica deu tristezas
Há muita gente a chorar
Dará alegria de certeza
Quando voltar a ganhar
Cuidado com a capoeira
Que os Ingleses pela certa
Te passam uma rasteira
O Benfica deu tristezas
Há muita gente a chorar
Dará alegria de certeza
Quando voltar a ganhar
terça-feira, 23 de junho de 2009
Glorianos
O Mar nos viu nascer
A Charneca nos criou
O Tejo viu-nos crescer
E o Sorraia nos amou
A Senhora têm mão fria
Mas seu coração quente
Com essa grande alegria
Até contagiou a gente
Todos nós temos uma cruz
Repara bem no que digo
Já o nosso Bom Jesus
Sofreu esse grande castigo
Passa um Ano, outro passa
Os Anos passam no fundo
Só que não passa a desgraça
Que abunda neste Mundo
Vem cá meu Amor
Chega aqui minha lindura
Quero ver se és a flor
Que eu ando à procura
Eu não sou nenhum Vata
Vata era o meu Avô
Porque no meio de tanta sucata
Eu, já não sei o que sou
Vamos começar novo Ano
Mas pensando cá para mim
Que haverá muito fulano
Que não chegará ao fim
Já fiz o favor amiguinho
Meu companheiro “camarada”
Tenha cuidado no caminho
Não vá perder-se na estrada
Dentro de momentos vou partir
Irei para parte incerta
Só que posso garantir
Não vou para Ilha Deserta
Mais um Ano passou
Agora estamos mais velhos
Já dizia o meu Avô
Que nos dava bons conselhos
A Charneca nos criou
O Tejo viu-nos crescer
E o Sorraia nos amou
A Senhora têm mão fria
Mas seu coração quente
Com essa grande alegria
Até contagiou a gente
Todos nós temos uma cruz
Repara bem no que digo
Já o nosso Bom Jesus
Sofreu esse grande castigo
Passa um Ano, outro passa
Os Anos passam no fundo
Só que não passa a desgraça
Que abunda neste Mundo
Vem cá meu Amor
Chega aqui minha lindura
Quero ver se és a flor
Que eu ando à procura
Eu não sou nenhum Vata
Vata era o meu Avô
Porque no meio de tanta sucata
Eu, já não sei o que sou
Vamos começar novo Ano
Mas pensando cá para mim
Que haverá muito fulano
Que não chegará ao fim
Já fiz o favor amiguinho
Meu companheiro “camarada”
Tenha cuidado no caminho
Não vá perder-se na estrada
Dentro de momentos vou partir
Irei para parte incerta
Só que posso garantir
Não vou para Ilha Deserta
Mais um Ano passou
Agora estamos mais velhos
Já dizia o meu Avô
Que nos dava bons conselhos
domingo, 21 de junho de 2009
Um pouco de mim, para ti Ribatejo
CAMPINO
Come uma boa caldeirada
Monta o Cercal, pega no pampilho
Vai para mais uma largada
Esquecendo, mulher e filho
ISTO SOMOS NÓS
Ribatejo de porte fino
O teu Povo trabalhando
Da destreza do Campino
À genica do Fandango
CAMPONEZA
Tu és mulher Gloriana
Os teus braços, um arado
Na campina Ribatejana
A tua fama dá brado…
QUOTIDIANO
Neste lindo e querido Ribatejo
Tens gente de coragem e valor
Que, nas margens do Rio Tejo
Cultivas pão para os filhos com Amor
VERDADES
Gente humilde e com garra
Nela tens o melhor tesouro
Cantas o fado, dedilhas a guitarra
E pegas de “caras” o touro
PREDICADOS
Saúda sempre quem passa
Com generosidade e nobreza
São timbres desta raça
Ribatejana e Portuguesa
Glória, 15 de Agosto de 1990
Come uma boa caldeirada
Monta o Cercal, pega no pampilho
Vai para mais uma largada
Esquecendo, mulher e filho
ISTO SOMOS NÓS
Ribatejo de porte fino
O teu Povo trabalhando
Da destreza do Campino
À genica do Fandango
CAMPONEZA
Tu és mulher Gloriana
Os teus braços, um arado
Na campina Ribatejana
A tua fama dá brado…
QUOTIDIANO
Neste lindo e querido Ribatejo
Tens gente de coragem e valor
Que, nas margens do Rio Tejo
Cultivas pão para os filhos com Amor
VERDADES
Gente humilde e com garra
Nela tens o melhor tesouro
Cantas o fado, dedilhas a guitarra
E pegas de “caras” o touro
PREDICADOS
Saúda sempre quem passa
Com generosidade e nobreza
São timbres desta raça
Ribatejana e Portuguesa
Glória, 15 de Agosto de 1990
Etiquetas:
para ti Ribatejo,
Um pouco de mim
sexta-feira, 19 de junho de 2009
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Quadras Soltas
Quem espera sempre alcança
Diz o povo com razão
Mas eu perdi a esperança
Por ver tanta frustração
O Pai Natal já lá vai
O Ano velho já abalou
Aquele não sabe do pai
E este perdeu o Avô
Ano Velho já acabou
E com ele as ilusões
Ano Novo começou
Alegrem-se os corações
Há sempre um mês que passa
Logo passa outro mês
Cada vez há mais desgraça
Há mais desgraça outra vez
Quero apenas alertar
Nisto que vou dizer
Que deve bem mastigar
Aquilo que vai comer
Embora não tenha medo
Nem tão pouco ilusões
No Mundo não há sossego
Enquanto houver ambições
Diz o povo com razão
Mas eu perdi a esperança
Por ver tanta frustração
O Pai Natal já lá vai
O Ano velho já abalou
Aquele não sabe do pai
E este perdeu o Avô
Ano Velho já acabou
E com ele as ilusões
Ano Novo começou
Alegrem-se os corações
Há sempre um mês que passa
Logo passa outro mês
Cada vez há mais desgraça
Há mais desgraça outra vez
Quero apenas alertar
Nisto que vou dizer
Que deve bem mastigar
Aquilo que vai comer
Embora não tenha medo
Nem tão pouco ilusões
No Mundo não há sossego
Enquanto houver ambições
terça-feira, 16 de junho de 2009
Poeta?
Para conseguir ser poeta
Veia é preciso Ter
Não o é qualquer pateta
Que julga poder ser
Ser poeta é ser alguém
Mas não tenhas ilusões
Por isso é que ninguém
Consegue imitar o Camões
Foi um homem de valor
Que nasceu à luz do dia
Foi bom poeta e escritor
Imortal é a sua poesia
Há um muito pobrezinho
Que é bom recordar
Com afecto e carinho
Aleixo te quero amar
Houve ainda um outro
Bem afinado de sentidos
Que embora fosse maroto
Não estragou os tecidos
Na poesia é conforme
Naquilo que a gente tem
Enquanto uns passam fome
Outros vivem muito bem
Uns poetas cantam na rua
Para ganhar alguns tostões
Outros vivem na amargura
Por não irem aos salões
Querem saber se sou poeta
Fazem sempre esta pergunta
Sou apenas um pateta
Como esta gente junta
Veia é preciso Ter
Não o é qualquer pateta
Que julga poder ser
Ser poeta é ser alguém
Mas não tenhas ilusões
Por isso é que ninguém
Consegue imitar o Camões
Foi um homem de valor
Que nasceu à luz do dia
Foi bom poeta e escritor
Imortal é a sua poesia
Há um muito pobrezinho
Que é bom recordar
Com afecto e carinho
Aleixo te quero amar
Houve ainda um outro
Bem afinado de sentidos
Que embora fosse maroto
Não estragou os tecidos
Na poesia é conforme
Naquilo que a gente tem
Enquanto uns passam fome
Outros vivem muito bem
Uns poetas cantam na rua
Para ganhar alguns tostões
Outros vivem na amargura
Por não irem aos salões
Querem saber se sou poeta
Fazem sempre esta pergunta
Sou apenas um pateta
Como esta gente junta
domingo, 14 de junho de 2009
Bicharada
Salta a lebre na charneca
Chia o rato no valado
O pargo não é faneca
O pastor vigia o gado
A aranha está nos buraquinhos
A girafa não pode subir
Os peixes estão fresquinhos
Mas eu não sei mentir
Canta o rouxinol no silvado
O porco dorme a sesta
E o leite vai no azado
Muito ao gosto da boneca
Anda o canguru a saltar
O leão ruge na floresta
A corça quer mamar
E o suíno dorme a sesta
Geme a toupeira no buraco
O rafeiro guarda ovelhas
Trepa na arvore o macaco
E o elefante sacode as orelhas
A águia anda a caçar
O búfalo coça na testa
A noite dá o luar
E o camelo vai à festa
O trigo louro vai nos sacos
A chuva cai nas telhas
Loiça partida é cacos
O vinho corre para as celhas
O salto vem da pantera
O chimpanzé está fardado
O grilo vem na Primavera
E aparece o trigo e o leopardo
Berra a cabra pelo filho
O cavalo levanta as crinas
O bode usa barbilho
E o boi abre as narinas
O lobo anda na serra
O caracol no jardim
E se o bisonte quisera?
A pomba ao pé de mim !
Foge o gato do cão
O chibo arma sarilho
Briga a cobra com o sardão
O comboio corre no trilho
O ouriço chama a gazela
E o pato junta-se ao peru
O frango coze na panela
Mas o corvo come-o cru
O coelho foge do furão
As borboletas tem asas finas
O calor vem no Verão
Para bronzear as meninas
O cavalo usa cela
A cigarra salta a teia
A formiga come morcela
E o morcego falta à ceia
O burro morde na burra
Nascem as águas nas fontes
O toiro na vaca turra
Os rio nascem nos montes
A lagarta está na horta
O borrego no lameiro
O bicho de madeira corta
O chaparro e o pinheiro
A zebra até zurra
Cai a neve nos montes
O atrevido leva surra
Na água banham-se rinocerontes
O javali é esperto
O urso é valentão
Se o golfinho anda perto
A foca já come à mão
O macaco anda aos saltinhos
As abelhas voam a zunir
O camaleão vai aos raminhos
E o cão ladra a ganir
Aparece a égua e a cadela
Crocodilo, hipopótamo e veado
A mulher espreita na janela
E o homem a fugir é obrigado
Chia o rato no valado
O pargo não é faneca
O pastor vigia o gado
A aranha está nos buraquinhos
A girafa não pode subir
Os peixes estão fresquinhos
Mas eu não sei mentir
Canta o rouxinol no silvado
O porco dorme a sesta
E o leite vai no azado
Muito ao gosto da boneca
Anda o canguru a saltar
O leão ruge na floresta
A corça quer mamar
E o suíno dorme a sesta
Geme a toupeira no buraco
O rafeiro guarda ovelhas
Trepa na arvore o macaco
E o elefante sacode as orelhas
A águia anda a caçar
O búfalo coça na testa
A noite dá o luar
E o camelo vai à festa
O trigo louro vai nos sacos
A chuva cai nas telhas
Loiça partida é cacos
O vinho corre para as celhas
O salto vem da pantera
O chimpanzé está fardado
O grilo vem na Primavera
E aparece o trigo e o leopardo
Berra a cabra pelo filho
O cavalo levanta as crinas
O bode usa barbilho
E o boi abre as narinas
O lobo anda na serra
O caracol no jardim
E se o bisonte quisera?
A pomba ao pé de mim !
Foge o gato do cão
O chibo arma sarilho
Briga a cobra com o sardão
O comboio corre no trilho
O ouriço chama a gazela
E o pato junta-se ao peru
O frango coze na panela
Mas o corvo come-o cru
O coelho foge do furão
As borboletas tem asas finas
O calor vem no Verão
Para bronzear as meninas
O cavalo usa cela
A cigarra salta a teia
A formiga come morcela
E o morcego falta à ceia
O burro morde na burra
Nascem as águas nas fontes
O toiro na vaca turra
Os rio nascem nos montes
A lagarta está na horta
O borrego no lameiro
O bicho de madeira corta
O chaparro e o pinheiro
A zebra até zurra
Cai a neve nos montes
O atrevido leva surra
Na água banham-se rinocerontes
O javali é esperto
O urso é valentão
Se o golfinho anda perto
A foca já come à mão
O macaco anda aos saltinhos
As abelhas voam a zunir
O camaleão vai aos raminhos
E o cão ladra a ganir
Aparece a égua e a cadela
Crocodilo, hipopótamo e veado
A mulher espreita na janela
E o homem a fugir é obrigado
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Andorinhas
Primavera trás andorinhas
Aos milhares quem dera
Se fossem todas minhas
Havia sempre Primavera
As andorinhas andam no céu
Vem do norte ou do sul
Voam sobre o meu chapéu
No céu limpo e azul
Andam em louca correria
Ao despique com os pardais
E com imensa alegria
Fazem ninhos nos beirais
Chegam com tanto carinho
E trazem tanta saudade
Não lhe destruas o ninho
Não pratiques essa maldade
Saudades que tinha delas
E toda a gente concerteza
Passando rente às janelas
Com uma incrível ligeireza
Os bichos que elas devoram
Nos espaços que são seus
Mas quando se vão embora
Parecem dizer adeus
Estas queridas avezinhas
Que lindas elas são
E raramente as pobrezinhas
Estão pousadas no chão
Nutre por elas afeição
Do que a outros pardais
Não sei porque razão
É delas que gosto mais.
Aos milhares quem dera
Se fossem todas minhas
Havia sempre Primavera
As andorinhas andam no céu
Vem do norte ou do sul
Voam sobre o meu chapéu
No céu limpo e azul
Andam em louca correria
Ao despique com os pardais
E com imensa alegria
Fazem ninhos nos beirais
Chegam com tanto carinho
E trazem tanta saudade
Não lhe destruas o ninho
Não pratiques essa maldade
Saudades que tinha delas
E toda a gente concerteza
Passando rente às janelas
Com uma incrível ligeireza
Os bichos que elas devoram
Nos espaços que são seus
Mas quando se vão embora
Parecem dizer adeus
Estas queridas avezinhas
Que lindas elas são
E raramente as pobrezinhas
Estão pousadas no chão
Nutre por elas afeição
Do que a outros pardais
Não sei porque razão
É delas que gosto mais.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
O que é o Homem?
Por se julgar importante
Vivendo para si só
Deixará de ser repugnante
Quando voltar a ser pó
Veio ao Mundo sem saber
É isso que me dá graça
Porque depois de morrer
Só lhe resta a carcaça
Nada me causa aflição
Mas esquecer não consigo
Se é pobre fica no chão
Sendo rico vai para o jazigo
Se tem muito vive bem
Vive mal sem Ter nada
O certo é que cada um tem
Igualdade na ossada
Há duas versões a ver
Que são puras realidades
É no nascer e no morrer
Há de facto igualdades
Se és bom pensa nisto
Tens o que o mau não tem
O que foi feito por Cristo
Não o conseguiu ninguém
Se tens saúde sobretudo
É valente e tem mania
Se está doente perde tudo
Quando chegar a agonia
O homem julga-se forte
Isso são defeitos nossos
Nessa aparência e porte
Só é forte nos ossos
Neste Mundo tão ruim
Em que há tanta maldade
O que mais gosto de mim
É repor sempre a verdade
Por haver tanta falsidade
O Mundo está pior
Se houvesse humanidade
Decerto estaria melhor
Vivendo para si só
Deixará de ser repugnante
Quando voltar a ser pó
Veio ao Mundo sem saber
É isso que me dá graça
Porque depois de morrer
Só lhe resta a carcaça
Nada me causa aflição
Mas esquecer não consigo
Se é pobre fica no chão
Sendo rico vai para o jazigo
Se tem muito vive bem
Vive mal sem Ter nada
O certo é que cada um tem
Igualdade na ossada
Há duas versões a ver
Que são puras realidades
É no nascer e no morrer
Há de facto igualdades
Se és bom pensa nisto
Tens o que o mau não tem
O que foi feito por Cristo
Não o conseguiu ninguém
Se tens saúde sobretudo
É valente e tem mania
Se está doente perde tudo
Quando chegar a agonia
O homem julga-se forte
Isso são defeitos nossos
Nessa aparência e porte
Só é forte nos ossos
Neste Mundo tão ruim
Em que há tanta maldade
O que mais gosto de mim
É repor sempre a verdade
Por haver tanta falsidade
O Mundo está pior
Se houvesse humanidade
Decerto estaria melhor
terça-feira, 9 de junho de 2009
Dia do Mar
Hoje é dia do Mar!
Por isso é bom reconhecer
Se o mar e a terra acabar
Não teremos o que comer!
É nesse imenso mar!
Que o pobre pescador
Anda sempre a lutar
Com sacrifício e amor
Glória,29 de Setembro de 1983
Por isso é bom reconhecer
Se o mar e a terra acabar
Não teremos o que comer!
É nesse imenso mar!
Que o pobre pescador
Anda sempre a lutar
Com sacrifício e amor
Glória,29 de Setembro de 1983
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Este Mundo é uma Loucura
ESTE MUNDO É UMA LOUCURA
GENERALIZADA E COLECTIVA
POUCOS SÃO OS QUE TÊEM CURA
PERDERAM A NOÇÃO DA VIDA
1ª GLOSA
A Honradez foi vencida
Perdeu-se o respeito humano
Não há nenhum fulano
Que sinta a verdade querida
A dignidade já foi perdida
Todos se lançam na aventura
Mas a leviandade pouco dura
Desta autêntica veracidade
Vamos sofrer a calamidade
ESTE MUNDO É UMA LOUCURA
2ª GLOSA
Mas, se houver gente madura
Que tiver olhos para ver
Decerto logo vai entender
Que não queremos a tortura
Desejamos o bem para a criatura
Ter na miséria uma saída
Vê-la alegre não comovida
Porque se assim não for
Será ainda muito pior
GENERALIZADA E COLECTIVA
3ªGLOSA
Se estiver mal e apreensivo
Pensando só nas facilidades
Tem que contar com as falsidades
Porque há muitos aldrabões
Bem contados são Milhões
Que aparentam uma certa ternura
Mas só nos causam é amargura
O que parece fácil, dura pouco
Muitos habitam o Mundo louco
POUCO SÃO QUE TÊEM CURA
4ªGLOSA
Quem se lança na aventura
Mais andará ao sabor da sorte
Perderá certamente o Norte
Tem que ter outra cultura
Usando uma certa lisura
Senão ficarás no Planeta perdida
Seria pois mais uma arrependida
Isso nos causaria bastante dó
Esses errantes no Mundo só
PERDERAM A NOÇÃO DA VIDA
Glória do Ribatejo, 10/08/1993
GENERALIZADA E COLECTIVA
POUCOS SÃO OS QUE TÊEM CURA
PERDERAM A NOÇÃO DA VIDA
1ª GLOSA
A Honradez foi vencida
Perdeu-se o respeito humano
Não há nenhum fulano
Que sinta a verdade querida
A dignidade já foi perdida
Todos se lançam na aventura
Mas a leviandade pouco dura
Desta autêntica veracidade
Vamos sofrer a calamidade
ESTE MUNDO É UMA LOUCURA
2ª GLOSA
Mas, se houver gente madura
Que tiver olhos para ver
Decerto logo vai entender
Que não queremos a tortura
Desejamos o bem para a criatura
Ter na miséria uma saída
Vê-la alegre não comovida
Porque se assim não for
Será ainda muito pior
GENERALIZADA E COLECTIVA
3ªGLOSA
Se estiver mal e apreensivo
Pensando só nas facilidades
Tem que contar com as falsidades
Porque há muitos aldrabões
Bem contados são Milhões
Que aparentam uma certa ternura
Mas só nos causam é amargura
O que parece fácil, dura pouco
Muitos habitam o Mundo louco
POUCO SÃO QUE TÊEM CURA
4ªGLOSA
Quem se lança na aventura
Mais andará ao sabor da sorte
Perderá certamente o Norte
Tem que ter outra cultura
Usando uma certa lisura
Senão ficarás no Planeta perdida
Seria pois mais uma arrependida
Isso nos causaria bastante dó
Esses errantes no Mundo só
PERDERAM A NOÇÃO DA VIDA
Glória do Ribatejo, 10/08/1993
sábado, 6 de junho de 2009
Preguiça
Levantei-me de madrugada
E sem inspiração porém
Por Ter a tola cansada
Não há quadra para ninguém
Quando lá vou a passar
Dá-me vontade de rir
Ver os Muges a olhar
E nenhum está a mugir
É isto que me consome
E me provoca amargura
Dizem que não há fome
Que não dê em fartura
Eu digo com amargura
E esse facto consome
Se há tanta fartura
Porque que há fome?
O Mundo é uma bola
Gente nela anda a rodar
Mas vai haver cachola
Quando essa bola parar
Anda todo o Mundo a passar
Para trás e para a frente
E isto só vai parar
Quando morrer esta gente
Neste Mundo que dizem cão
Outros dizem de senhores
A culpa e do patrão
E também dos trabalhadores
Faleceu seu querido pai
Foi chamado por Jesus
No caminho já vai
Para encontrar a luz
E sem inspiração porém
Por Ter a tola cansada
Não há quadra para ninguém
Quando lá vou a passar
Dá-me vontade de rir
Ver os Muges a olhar
E nenhum está a mugir
É isto que me consome
E me provoca amargura
Dizem que não há fome
Que não dê em fartura
Eu digo com amargura
E esse facto consome
Se há tanta fartura
Porque que há fome?
O Mundo é uma bola
Gente nela anda a rodar
Mas vai haver cachola
Quando essa bola parar
Anda todo o Mundo a passar
Para trás e para a frente
E isto só vai parar
Quando morrer esta gente
Neste Mundo que dizem cão
Outros dizem de senhores
A culpa e do patrão
E também dos trabalhadores
Faleceu seu querido pai
Foi chamado por Jesus
No caminho já vai
Para encontrar a luz
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Flores
Um conjunto de flores
Fazem um jardim belo
Composto de muitas cores
O rosa, o branco o amarelo
Por muito que os pintores
Imitem as cores delas
Nem pensar meus senhores
Conseguem cores tão belas
Tomem nota meninos
Oiçam com muita atenção
As plantas em vasos finos
São iguais às do chão
Por isso eu presume
Que em qualquer país
O valor do seu perfume
Deixa muita gente feliz
Até vão às corridas
E ás praças de touros
E entram nas ermidas
Feitas em coroa de louros
Nas suas formas dispares
Onde há algum mistério
Umas brilham nos altares
Outras murcham no cemitério
Por terem tanto valor
As que são naturais
Ninguém consegue dar cor
Às que não são reais
Gosto das flores afinal
Dos cheiros que elas dão
As rosas de Portugal
Se transformaram em pão
Fazem um jardim belo
Composto de muitas cores
O rosa, o branco o amarelo
Por muito que os pintores
Imitem as cores delas
Nem pensar meus senhores
Conseguem cores tão belas
Tomem nota meninos
Oiçam com muita atenção
As plantas em vasos finos
São iguais às do chão
Por isso eu presume
Que em qualquer país
O valor do seu perfume
Deixa muita gente feliz
Até vão às corridas
E ás praças de touros
E entram nas ermidas
Feitas em coroa de louros
Nas suas formas dispares
Onde há algum mistério
Umas brilham nos altares
Outras murcham no cemitério
Por terem tanto valor
As que são naturais
Ninguém consegue dar cor
Às que não são reais
Gosto das flores afinal
Dos cheiros que elas dão
As rosas de Portugal
Se transformaram em pão
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Dia do Deficiente
Hoje é dia do deficiente
Que são um milhão de coitados
Portanto toda essa gente
Devem ser bem ajudados
Há comemorações universais
Festejados todos os anos
Mas cada vez há mais
Desvios aos direitos humanos
Que são um milhão de coitados
Portanto toda essa gente
Devem ser bem ajudados
Há comemorações universais
Festejados todos os anos
Mas cada vez há mais
Desvios aos direitos humanos
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Poemeto do Vinho
Briga o vinho com o juízo
Sendo ambos camaradas
Se o vinho não fosse preciso
Não eram as vinhas amanhadas
O vinho mede-se às canadas
O juízo, não se pode medir nem pesar
Só com palavras acertadas
É que se possa ouvir
Porque o vinho vai descobrir
O segredo mais fechado
E o juízo fica a zunir
Se no vinho está confiado
Porque és homem honrado
Não vais entrar na confusão
Por isso aqui fica o recado
Bebe sempre com moderação!
Glória, 15 de Agosto de 1990
Sendo ambos camaradas
Se o vinho não fosse preciso
Não eram as vinhas amanhadas
O vinho mede-se às canadas
O juízo, não se pode medir nem pesar
Só com palavras acertadas
É que se possa ouvir
Porque o vinho vai descobrir
O segredo mais fechado
E o juízo fica a zunir
Se no vinho está confiado
Porque és homem honrado
Não vais entrar na confusão
Por isso aqui fica o recado
Bebe sempre com moderação!
Glória, 15 de Agosto de 1990
Fado
É por alguma razão
Que se canta o fado
Desditas do coração
Quando está apaixonado
Canta-se o fado em jejum
Até canta o embriagado
Pois canta-o qualquer um
Desde que goste de fado
A falar também se canta
Os recados do pensamento
São lamentos da garganta
Voando ao sabor do vento
Há gente a cantarolar
Outros cantam a preceito
Aqueles estão a imitar
O que estes fazem bem feito
Canta a cotovia na serra
O rouxinol no silvado
Canto eu na minha terra
A voz do lente fado
Não canto como a cotovia
Nem mesmo como o rouxinol
Meu cantar tem melodia
Neste pais cheio de sol
Que se canta o fado
Desditas do coração
Quando está apaixonado
Canta-se o fado em jejum
Até canta o embriagado
Pois canta-o qualquer um
Desde que goste de fado
A falar também se canta
Os recados do pensamento
São lamentos da garganta
Voando ao sabor do vento
Há gente a cantarolar
Outros cantam a preceito
Aqueles estão a imitar
O que estes fazem bem feito
Canta a cotovia na serra
O rouxinol no silvado
Canto eu na minha terra
A voz do lente fado
Não canto como a cotovia
Nem mesmo como o rouxinol
Meu cantar tem melodia
Neste pais cheio de sol
terça-feira, 2 de junho de 2009
Dia da Mulher
Hoje é dia da mulher
Que é a mãe da humanidade
Esquece-la ninguém quer
Desta autêntica verdade
É da mulher um dia só
Mas ela merece mais
A neta de sua avó
Querida filha dos seus pais.
Que é a mãe da humanidade
Esquece-la ninguém quer
Desta autêntica verdade
É da mulher um dia só
Mas ela merece mais
A neta de sua avó
Querida filha dos seus pais.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Quadras Soltas
Não sou rico, não tenho ouro
Não sou alteza, nem nobre
Mas tenho um grande tesouro
Sinto orgulho em ser pobre
Riquezas vaidade gera
Mas se levantar o véu
O que é pobre na Terra
Mais rico será no Céu
Não sou alteza, nem nobre
Mas tenho um grande tesouro
Sinto orgulho em ser pobre
Riquezas vaidade gera
Mas se levantar o véu
O que é pobre na Terra
Mais rico será no Céu
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